TV Liberal homenagea profissionais de comunicação no dia da propaganda, com o tema: a censura e a visibilidade.

O que para muitos é a 'alma do negócio', ultimamente tem sido vista como uma certa vilã por entidades governamentais e ONGs. A propaganda, celebrada mundialmente neste dia 4 de dezembro, é alvo de restrições e proibições quanto a sua veiculação sobre determinados produtos.


Primeiro veio a lei que proibiu a propaganda de cigarros. Outra medida restringiu a publicidade de bebidas alcoólicas no rádio e na televisão. Em pauta agora, a discussão para limitar a propaganda de alimentos de alto valor calórico e refrigerantes. Atualmente existem 11 projetos no Congresso Nacional que dispõem sobre proibições e restrições à propaganda de determinados produtos. Mas será que os males da sociedade como obesidade, alcoolismo e tabagismo podem ser atribuídos à chamada persuasão publicitária?

'Um retrocesso para a publicidade e para a democracia brasileira'. Essa é a visão do publicitário Marcus Pereira, presidente do Sinapro-PA (Sindicato das Agências de Propaganda do Estado do Pará), sobre as medidas legais que restringem o fazer publicitário. 'Como toda censura essa também foi mal vista pela categoria. Claro que deve ter um consenso de o cigarro faz mal, mas não acabar de vez com o trabalho feito por bons profissionais', afirma.


A opinião é compartilhada por Guto Chady, presidente da ABAP-PA (Associação Brasileira de Agências de Publicidade - Pará). Ele acredita que a restrição na propaganda de alimentos pode ser um 'desastre'. 'A propaganda é persuasiva e a falta dela declina qualquer venda', diz.


Guto Chady, presidente da ABAP-PA

Para ele, os efeitos dessa restrição poderão ser sentidos em vários setores da cadeia produtiva, como restaurantes e produtores, mas o principal prejudicado deve ser o consumidor. 'O maior prejuízo é para a sociedade como um todo, que tem na propaganda séria e saudável um alicerce fundamental de informação e elucidamento', explica.


Inconstitucionalidade - 
As leis de proibição da propaganda vão de encontro a um dos direitos básicos previstos na Constituição: a liberdade de expressão, que consiste na livre comunicação de ideias e opiniões. 'Como base da democracia e da livre iniciativa, a sua proibição ou mesmo contigenciamento têm que ter bases claras de lógica e critério para não cair na inconstitucionalidade', argumenta Chady.


O publicitário Haroldo Valente é enfático: 'O ideal é que as leis sejam de responsabilidade do congresso e que a propaganda seja de responsabilidade do Conar. Afinal, a instituição foi criada com esse propósito'.

Veja como é a regulação da propaganda em outros países:



Estímulo à criatividade -
 As novas mídias vêm motivando os publicitários paraenses. A receita de publicidade destinada a mídia online, como portais de notícias, vem crescendo ano a ano. Como exemplo disso, o Portal ORM registrou um crescimento de 20% em verbas de anúncios publicitários nos últimos quatro anos.


Um dos fatores apontados por Michel Psaros, gerente do Portal ORM, é a nova gama de possibilidades que a rede oferece. 'Há novos espaços e formatos disponíveis aos anunciantes e isso faz com que as agências de publicidade incluam a mídia online em seu planejamento. Isso tem ajudado a alavancar as receitas na internet', afirma.


De olho nesse desafio, os publicitários paraenses se esforçam para entender a movimentação do mercado e trabalhar em constante atualização de informações. 'As mídias online estão sendo nosso maior desafio, já que a quantidade de pessoas que acessam a rede é surpreendente. É interessante destacar que as rede sociais se atualizam entre elas. A grande sensação anos atrás era o Orkut. Agora já é passado. O Twitter fez o maior sucesso ano passado, e agora a moda está no Facebook. Então, para se trabalhar com as mídias online, é preciso que o publicitário se atualize junto com elas e entenda todo esse processo, que é muito importante para a publicidade', conclui Marcus Pereira.


Segundo Valente, o 'pensamento web' deve ser incorporado em toda a estrutura da agência de publicidade, 'desde o planejamento à criação propriamente dita'.

Para o publicitário Orly Bezerra a internet é uma ferramenta que quanto mais usada, mais as pessoas querem usar. 'Quanto mais usamos a internet, mais viciados ficamos. E a propaganda através dos meios sociais é mais barata e atinge o público de forma rápida. Isso é um grande avanço no mercado e o Pará não fica de fora', explica.

Orly Bezerra


A propaganda na internet abre ainda mais o mercado para a criação de meios alternativos de vender produtos. Esses meios vem fazendo sucesso na região sul e sudeste do Brasil, não só pelo custo menor, mas pela agilidade com que eles atingem o público. Estudantes de comunicação em Belém já começaram a usar o novo metodo, conhecido como Arg's, para promover campanhas publicitárias.
'Esse novo método é muito criativo e permite a propaganda sair do meio comum. Além de trazer um menor custo', afirma Orly. Os Arg's também são vistos com bons olhos pelo publicitário Haroldo Valente. Assim como as mídias sociais, ele acredita que é uma forma de tornar o cliente mais próximo do produto. 'Na verdade, os args são jogos, que tentam envolver o cliente com determinada situação, e se a tecnologia nos oferece essa possibilidade, porque não usá-la?', questiona Valente.

Haroldo Valente


Premiação - Os cases vencedores do Top de Marketing e Top Social serão conhecidos pelo público em uma grande festa, realizada no Hangar Centro de Convenções, no próximo dia 8 de dezembro. O objetivo principal da Associação de Dirigentes de Vendas e Marketing - Seção Pará (ADVB-PA) é compartilhar conhecimentos e experiências, além de fomentar a economia local.

Assista alguns anúncios que são considerados um marco na televisão brasileira:





Fonte: ORM

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